domingo, 22 de junho de 2008

8- Questões Éticas I

Pensamos que quem faz investigação deve ter presente um conjunto de princípios (valores) que sejam reconhecidos pela comunidade científica como importantes e que orientem o desempenho do investigador. Isto poderá contribuir para a formação da identidade profissional e de uma prática investigativa de maior qualidade. Uma das questões que se levanta, e que em nosso ver é muito importante para qualquer investigação, prende-se com os direitos e os deveres dos implicados no processo investigativo: o investigador e o participante, assim como as relações que se podem estabelecer entre eles que poderão vir a comprometer ou não a investigação.
Na fase da recolha de dados e de acordo com Carmo & Ferreira (1998:265) o investigador deve ter presente alguns princípios éticos que o obrigam a:
- Respeitar e garantir os direitos daqueles que participam voluntariamente no trabalho de investigação;
- Informar os participantes sobre todos os aspectos da investigação;
-Manter total honestidade nas relações estabelecidas com os participantes;
- Aceitar a decisão dos indivíduos de não colaborarem ou desistirem;
- Estabelecer um acordo com o participante de forma a que fiquem explicitas conjuntamente as responsabilidades do investigador e do participante;
- Proteger os participantes de quaisquer danos ou prejuízos que possam decorrer do resultado dos dados;
-Informar os participantes dos resultados da investigação;
-Garantir a confidencialidade da informação obtida, salvo os que não se opuserem;
-Solicitar autorização das instituições a que pertencem os participantes de forma a que estes possam colaborar no estudo;
Já na fase final, quando apresenta publicamente o relatório da sua investigação, o investigador deve ter presente os seguintes princípios que o obrigam a:
- Fazer uma rigorosa explicitação das fontes utilizadas;
-Ser autentico na redacção do relatório, no que respeita aos resultados que apresenta e às conclusões a que chega;
- Fidelidade em relação aos dados recolhidos e aos resultados a que chega;
- Não enviesamento das conclusões.

Carmo, H. & Ferreira, M.M. (1998). Metodologia da investigação: Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta

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