Cohen e Manion (1987), referenciados em Sousa (2005), apontam algumas situações em que a Investigação-Acção se aplica de forma adequada ao mundo da educação:
Métodos de aprendizagem: descoberta de novos métodos que possam substituir os tradicionais;
Estratégias de aprendizagem: experimentando aproximações integradas de aprendizagem em vez do estilo unilinear de transmissão de conhecimentos;
Procedimentos de avaliação: ensaiando novos métodos de avaliação contínua;
Atitudes e valores: possibilidade de encorajar atitudes mais positivas de trabalho ou modificação dos sistemas de valores dos alunos com vista a alguns aspectos da vida;
Formação contínua de professores: procurando desenvolver capacidades, experimentar novos métodos de aprendizagem, poder de análise, autoavaliação, etc.;
Treino e controlo: gradual introdução a novas técnicas de modificação comportamental;
Administração / gestão: incremento da eficiência de alguns aspectos da parte administrativa escolar, (Sousa, 2005) .
A Investigação-Acção é assim, uma das metodologias que mais pode contribuir para a melhoria das práticas educativas, exactamente porque aproxima as partes envolvidas na investigação, colocando-as no mesmo eixo horizontal; favorece e implica o diálogo, enriquecendo o processo ao fazer emergir a verdade; desenvolve-se em ambientes de colaboração e partilha, retirando o fardo da solidão ao investigador; valoriza a subjectividade, ao ter sempre mais em conta as idiossincrasias dos sujeitos envolvidos; mas, por outro lado, propicia o alcance da objectividade e a capacidade de distanciamento ao estimular a reflexão crítica.
Sem comentários:
Enviar um comentário